Série Gente Verdadeira de Chico Faganello
A 23ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis começa nesta sexta-feira (11), com programação voltada para educadores e realizadores de cinema. A partir do dia 12, a programação é para crianças e famílias. O evento segue até 19 de outubro, com muito cinema, debates, oficinas, pipoca e música para todas as idades. Presencial, no CIC e em outros pontos de Florianópolis, e online, por meio de uma seleção de filmes disponível de 12 a 31/10, no Itaú Cultural Play – plataforma de streaming gratuita, dedicada ao cinema brasileiro. Tudo gratuito.
Um dos mais longevos festivais deste segmento no país, a Mostra abre com o Encontro Nacional de Cinema Infantil com o tema “O momento e as perspectivas do mercado audiovisual brasileiro para crianças: fomento, formação, produção e distribuição”. Entre os convidados pessoas importantes do cenário audiovisual do país, como Fabiano Gullane, Célia Catunda, Gabriella Mancini, Gabriel Portela, Carla Esmeralda, Aleteia Selonk, Aline Belli, Patricia Barcellos e Tatiana Costa, entre outros. “No momento em que o Plano de Diretrizes e Metas para o audiovisual para os próximos dez anos está sendo elaborado, esse encontro deve trazer propostas importantes para o desenvolvimento do mercado como um todo”, diz Luiza Lins.
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Às 14h, será realizada a abertura oficial para adultos, com pré-estreia da série “Gente Verdadeira”, de Chico Faganello. A obra aborda diferentes infâncias indígenas que crescem em todo o Brasil e acompanha o cotidiano de meninas e meninos de comunidades remotas e outras urbanizadas, trazendo a reflexão sobre como essas infâncias podem inspirar as famílias atuais.
Teaser Série Gente Verdadeira de Chico Faganello
A série de TV Gente Verdadeira traz diferentes protagonistas que vivenciam e narram o mundo: são meninas e meninos indígenas que ainda não nasceram e, de dentro da barriga das mães grávidas, já podem sentir como são as comunidades onde vivem, em 13 lugares de várias regiões do Brasil. Esses narradores do futuro próximo contam como é o mundo dos indígenas, sempre a partir do ponto de vista do bebê que está em muitas barrigas de mães diferentes. Conhecemos as famílias e muitos parentes, o meio ambiente, as brincadeiras, amigos, a escola, as personagens, situações a cultura – ou mundo ao redor da protagonista-narradora onde nascem e nascerão muitas e muitas crianças indígenas.
Os roteiros finais, narrados em português mas também traduzidos para versões no idioma de cada povo – tiveram a participação da escritora Makuxi Trudruá Dorrico, entre outros profissionais e estudantes indígenas. A música é de Djuena Tikuna, e da equipe de direção fizeram parte Jama Wapichana, Vanessa Kaingang e Jucelino Senei Xokleng. Ao todo, em diferentes funções, de tradutores e na equipe de produção, a série teve mais de 70 indígenas. “Foi graças a essas pessoas que pude aprender”, conta Chico.
A exibição será seguida de debate com Faganello, Vanessa Fe Há, indígena do povo Kaigang que também dirige a série.
Conversa com a professora, escritora e ativista Eliane Potiguara
“A cura da Terra só é possível pela alegria das crianças” é o tema da conversa com Eliane Potiguara, convidada muito esperada desta edição.
Escritora, poeta, professora, formada em Letras (Português-Literatura) e Educação, pela UFRJ, Eliane é especializada em Educação Ambiental pela UFOP. É da etnia Potiguara, brasileira, fundadora da 1ª organização de mulheres indígenas GRUMIN / Grupo Mulher Educação Indígena (1988), Embaixadora da Paz pelo Círculo de Embaixadores da França e Suíça.
Trabalhou pela Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU em Genebra. Possui vários livros infantis e textos, pensamentos e poesias em antologias nacionais e internacionais e tem livro premiado na Inglaterra e Estados Unidos. Seu livro carro-chefe é “METADE CARA, METADE MÁSCARA”, pela Global Editora, 2004 e em 2018 pela GRUMIN EDIÇÕES. Em 2021 recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFRJ, onde estudou no início da década de 70. É a 1ª mulher indígena a recebê-lo no Brasil.
A abertura oficial é aberta ao público em geral e gratuita, como todas as atividades da Mostra. A entrada para inscritos se dará até 13h45. Após esse horários, a ocupação dos lugares será por ordem de chegada. Sala sujeita a lotação.
Uma iniciativa da Lume Produções Culturais, a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis é vencedora do Prêmio Catarinense de Cinema – Edição Especial Lei Paulo Gustavo e tem o patrocínio do Itaú e da Engie Energia, através da Lei Rouanet. Pioneira em valorizar o cinema produzido no país para o público infantil, acontece desde 2002 ininterruptamente na capital catarinense.
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