Consciência ecológica

A estreia nacional de A Casa Verde será em abril de 2010. A distribuição será feita pela Globo Filmes. Até agora, apenas sessões fechadas foram realizadas, além da pré-estreia na 8ª Mostra de Cinema Infantil, no sábado, 4 de julho.

O longa-metragem foi filmado na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Foram 16 dias de filmagens e oito meses de finalização. Foi utilizada uma técnica chamada rotoscopia, com aplicação de filtros e desenhos sobre imagens reais. “É a primeira vez que esse recurso é utilizado em cinema no Brasil”, afirmou Paulo Nascimento, diretor do filme. Entre os temas abordados está a importância da conscientização ecológica e a tecnologia.

Diretor e elenco conversaram com o público

Após a exibição do filme, o elenco e o diretor participaram de um bate-papo com o público. As crianças tiveram a oportunidade de fazer perguntas e dar sua opinião a respeito da obra.

Joaquim Fernandez, na platéia: “precisamos reciclar”
Entre as indagações do público infantil, estavam a dúvida se foi divertido fazer o filme, as dificuldades de produção e como os atores foram escolhidos. Até mesmo um pedido foi feito. “Vocês precisam continuar fazendo filmes assim, a gente aprende muito com eles”, disse Joaquim Fernandez, de 9 anos. “Aprendi uma coisa que eu já sabia, na verdade: precisamos sempre reciclar”, complementou o estudante do Colégio de Aplicação.

As crianças perguntaram para Alice Nascimento, uma das atrizes do longa e filha do diretor, se ela gostou de atuar. “Adorei fazer o filme, mas agora quero ser estilista de moda”, respondeu a menina de 10 anos.

No final do bate-papo, o diretor ressaltou a importância de se investir em produções audiovisuais no Brasil. “Precisamos incentivar o hábito do cinema infantil, e A Casa Verde pretende ajudar nesse objetivo”, afirmou.

**Confira entrevista com o diretor Paulo Nascimento.

A Casa Verde é dirigido para uma faixa etária?

Paulo Nascimento: O filme foi pensado para um público de 6 a 11 anos. Sessões que fizemos em Recife, Salvador, São Paulo e Porto Alegre comprovaram que estamos certos. O interessante é que cada faixa etária entende o filme de uma maneira diferente e torce para personagens diferentes.

Como funcionará a disponibilização do filme na internet?

Paulo: O projeto será disponibilizar, a partir do lançamento no cinema, partes de cinco minutos para a criança ir baixando após responder perguntas sobre meio ambiente. Serão cinco a 10 minutos por semana até ter o filme todo. Por isso, também junto com o lançamento em cinema será lançado em bancas uma versão reduzida do filme, junto com a história em quadrinhos do filme e com a acessibilidade para deficientes visuais poderem entender o filme.

O longa tem um DNA ecológico, com objetos de cena, figurinos e cenários recicláveis. A Casa Verde é também um filme didático?

Paulo: Dizemos que é entretenimento com um conteúdo importante para a garotada sem ser necessariamente didático. A questão ecológica tem que ser tratada com muita criatividade pois senão a garotada acha que está tendo aula e “não engole” a mensagem. Houve sempre a preocupação em toadas as etapas do filme, até o lançamento, com os materiais utilizados, cenários, etc, para causar o menor impacto possível ao ambiente.

É a primeira vez que você faz uma experiência com animação?

Paulo: Na verdade não se pode dizer que é animação pois é uma técnica (rotoscopia) aplicada sobre imagens reais, mas me encanta muito animação e pretendo trabalhar com com isso sim. Não pretendo abandonar o segmento infantil, tanto que estou estreando uma peça infantil, “O que será que virá”, com dois atores do filme, Fernanda Moro e Marcos Verza.

(Entrevista publicada no jornal Noticias do Dia, 04/07/2009).

Fotos: Cleide de Oliveira


Publicado em 02 julho 2009


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