“Do meu tamanho”, ficção alemã de Evi Goldbrunner e Joachim Dollhopf, comoveu o público da Mostra neste sábado, 7. Exibido na sessão das 16 horas, o longa-metragem conta a história de um menino que vive em um orfanato e não aguenta mais ser rejeitado pelas outras crianças. A saída é encontrar o pai. Mas quando encontra Tom, descobre que não precisa olhar para cima para encará-lo. Ele é um anão, de estatura menor que a sua. Enquanto Tom tenta se adaptar à paternidade, Michael mal consegue esconder o constrangimento e a vergonha. Até que, em plena construção deste relacionamento, os dois passam por uma dura prova.
A psicóloga Ana Brasil de Oliveira achou o filme extremamente sensível. “É importante sensibilizar as crianças para aquilo que é diferente”. A filha, Alissa, de 10 anos, saiu emocionada da sessão. “Quase chorei. Já passei por isso na escola, porque no primeiro ano eu era muito baixinha e sofria bullying”, contou.
Assim como os outros filmes exibidos nesses oito dias de festival, “Do meu tamanho” aborda o respeito às diferenças e a aceitação. A Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis termina neste domingo, 8, com o show gratuito de Tchiribim Tchribom Cantando pelo Mundo com Fortuna.
Aceitar as diferenças
De início a relação deles é instável e complicada. Michael fica surpreso por saber que o pai é um anão e não sabe lidar, ficando com vergonha das condições dele. Quando descobriu que podia encontrar o Tom, o garoto acabou contando vantagem em relação às crianças do orfanato e a situação se voltou contra ele.
Já Tom, que tampouco sabe bem conviver com sua característica, precisa lidar com a as opiniões das crianças do orfanato, com o filho que se sente constrangido pela sua condição, com a paternidade e toda a situação que veio junto com ela e desestabilizou sua vida.
Na construção dessa relação de pai e filho, Michael e Tom precisam lidar com as circunstâncias deste encontro que envolve preconceito, relação familiar e aceitação pessoal.
Texto: Manoela de Borba
Fotos: Carolina Arruda
