A busca de aspectos singulares é uma forma de desenvolver uma economia criativa nas cidades. O mundo globalizado procura o que é diferente. A cultura é a matéria-prima da criatividade. O ponto de vista é de Ana Carla Fonseca Reis, uma autoridade em economia da cultura, economia criativa e cidades criativas. Ana fez a palestra de abertura no primeiro dia do Seminário Cultura como elemento transformador da sociedade, no SESC Cacupé, em Florianópolis, promovido pela Mostra de Cinema Infantil em parceria com a Federação dos municípios de Santa Catarina (Fecam), com mais de 270 participantes de todo o Estado.
A economista destaca que cada município deve buscar suas singularidades para o desenvolvimento cultural. Uma determinada feira, exemplifica, pode funcionar bem numa cidade, mas pode ser inviável em outra.
O secretário de Cultura de Paraty, Amaury Barbosa, apresentou um estudo de caso. A cidade histórica do litoral do Rio de Janeiro é uma referência mundial em Turismo Cultural. O município foi um dos portos mais importantes durante os ciclos do ouro, açúcar e café, mas passou quase cem anos no isolamento.
Com 40 mil habitantes, a cidade tem secretarias específicas de cultura e turismo. Segundo Amaury, com o apoio do Ministério da Cultura, foi criado um calendário cultural. Somente neste ano, já houve cinco eventos importantes: Virada Cultural, festivais de dança, jazz e de artes plásticas, além da tradicional Festa do Espírito Santo.
Paraty produz atividades culturais durante todo o ano. Dois grandes festivais, de caráter internacional, são a Festa Literária de Paraty (Flip) e a Paraty em Foco, de fotografia. Barbosa destaca que o desenvolvimento foi obtido através de um cronograma discutido com os moradores do município.
Na foto: Ana Carla Fonseca Reis
Crédito: Cleide de Oliveira
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