Encerramento do Circuito destaca o poder da contação de histórias

O último dia do 10º Circuito de Cinema Infantil teve exibição do longa-metragem “Liyana” e debate sobre a importância das crianças contarem suas próprias histórias.

Neste sábado (19), o encerramento do 10º Circuito de Cinema Infantil exibiu o esplendoroso longa-metragem “Liyana”. Logo após a sessão, a diretora do Circuito/Mostra Luiza Lins, a curadora da Mostra, a professora Gilka Girardello e a educadora Felícia Krumholz, debateram o filme e falaram da importância das crianças contarem suas próprias histórias. 

A obra de animação/documentário “Liyana”, lançada em 2017, acompanha um grupo de crianças órfãs da Suazilândia, na África. Os próprios garotos criam a história a partir de suas experiências pessoais, com a mediação da lendária contadora de histórias da África do Sul, Gcina Mhlophe. É a segunda vez que a Mostra exibe o filme, sempre muito bem recebido pelo público. Liyana vai ficar disponível no youtube até 26 de junho. 

A diretora do evento Luiza Lins, discursou sobre o papel dos professores na escolha dos materiais exibidos para as crianças. “O Circuito deu oficinas de animação muito interessantes, não é só saber a técnica, mas sim saber quais conteúdos trazer para as crianças e jovens”, enfatizou.

Leia crítica do jornalista Pierro Sbragia sobre Liyana

“Cada vez que vejo o filme eu sinto arrepios, a parte final das crianças dizendo ‘eu quero escrever a minha própria história, não vai ser fácil, mas vai ser uma aventura’…No momento que estamos vivendo temos que escutar as crianças, entender a potência das crianças, a importância das histórias”, disse Gilka.

Durante todo o Circuito, muito se falou da importância de criar espaços para as crianças contarem seus medos e suas vontades. O saber ouvir e ajudar a garotada a se expressar é fundamental na construção da identidade e de um outro mundo possível. Outro ponto lembrado por Gilka é o papel do professor nesse processo.

“A história (da Liyana) e toda sua beleza fala do papel da mediação, da professora sensível, que é ouvinte das crianças e como, pela brincadeira, coisas tão vitais podem ser ditas pelas crianças. Desejo que essas palavras das crianças possam comover os adultos onde os pensamentos são tão enrijecidos, que a gente consiga ser continente para toda essa potência da imaginação das crianças”, completou Gilka. 

A educadora Felícia Krumholz falou sobre a dificuldade em trabalhar com as crianças à distância, mas que o audiovisual é a melhor alternativa para uma reaproximação em tempos de pandemia. “Por conta dessa pandemia horrorosa estamos distantes e está difícil trabalhar com as crianças, mas a questão do audiovisual na educação é básica, fundamental e essa questão de colocar as crianças falando expressando seus próprios universos sem intervenção de um adulto onde o adulto apenas escuta, é sensacional”.

Por fim, a diretora do evento Luiza Lins agradeceu a todos os participantes do Circuito que fizeram da semana um momento enriquecedor de troca de saberes. Luiza falou sobre o DVD do Circuito com 5 animações que será distribuído, primeiramente, nas escolas de Santa Catarina que não tem acesso à internet e, posteriormente, nas escolas de todo o Brasil. 

Assista a um trecho do debate:

 

📌O Circuito de Cinema Infantil – 14 a 19/6 – teve na programação filmes, oficinas de audiovisual e debates sobre temas atuais e de extrema relevância como escola e agentes da educação, descolonização do olhar, povos indígenas, entre outros.

Todo o material está disponível no canal de YouTube da Mostra de Cinema Infantil.

Lembrando que de 16 a 24 de outubro tem a Mostra de Cinema Infantil. 

 

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Publicado em 19 junho 2021


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