Quem vê aquele monte de criança sentadinha no cinema esperando o filme começar não imagina o que aconteceu antes ou o trabalho que vem depois. É nesses dois momentos que os monitores da Mostra, conhecidos como os amarelinhos, entram em ação.
Eles – são 20, 10 em cada turno - recebem as crianças no ônibus, no caso das sessões escolas que aconteceram durante a semana. Depois as encaminham para o teatro. Durante a sessão levam as crianças no banheiro, quando necessário. Na volta, encontram o lugar da criança na sala escura. Na última etapa da maratona, levam toda a turma para comer pipoca. E vale lembrar que numa sessão lotada – quase a maioria – são cerca de 650 crianças.
O William Vicente, 19 anos, é um dos monitores e diz que o segredo para fazer um bom trabalho é ter calma em qualquer situação. “E trabalhar na Mostra me inspira”, diz o estudante de Cinema, que pensa em fazer filmes para a infância.
Outra monitora que vê ligação no trabalho com a sua futura profissão é a Paola Amaral, 18 anos. “Eu quero ser professora e faço licenciatura”, conta. “E no trabalho de monitor a gente cuida do lugar e das crianças”, afirma, lembrando que “tem que cuidar para as crianças não entrarem com pipoca no teatro, para as crianças não saírem sem os pais e para não entrarem no laginho do hall de entrada”.
“Sem os monitores, a sessão escola não aconteceria. E eles precisam ser atentos, simpáticos, pacientes e acima de tudo gostar de ser monitor”, pondera Ana Lucia Fernandez, coordenadora dos monitores.
Fotos: Daniel Conzi