Primeiro exemplo de uma coprodução compartilhada entre Brasil e Cuba, o curta O Caminho das Gaivotas foi exibido na tarde de domingo em sessão de lançamento nacional na 10ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. O diretores Bárbaro Ortiz, de Cuba, e Daniel Herthel, do Brasil, e a coordenadora do projeto, Patrícia Alves Dias, conversaram com público após a sessão.
Baseado na psicologia Waldorf, O Caminho das Gaivotas trabalha com duas linguagens distintas de animação, a aquarela, com um efeito de incompletude, e com a madeira, um elemento natural mais próximo da textura da pele humana. O curta aborda a solidão na infância.
No filme, quem dá voz à avó que conta a história é a cantora cubana Omara Portuondo. De Cuba também participa maestro Harold López-Nussa, que procurar traduzir com a música a solidão da menina que não conseguia ser ouvida. Ao final, surge El Dios Huracán. Quem é esta figura? Para os diretores está questão está aberta no filme. Na imaginação da crianças, que opinaram, a figura Huracán pode ser o pai ou um tio da menina.
Depois da pré-estreia em Florianópolis, os realizadores do filme estão estudando agora a melhor maneira de disponizar o audiovisual para o público. Para a secretária do audiovisual, Ana Paula Santana, que estava presente na sessão, um dos melhores sinais do filme, é o resultado de um trabalho conjunto entre os dois países.