“A história tem que ter começo, meio e fim para o público entender”, afirmava a professora Raquel para o grupo de crianças que tinha acabado de apresentar sua cena na manhã do domingo (1º) durante a oficina de teatro. É o segundo ano em que Raquel ensina as técnicas de palco para os pequenos na Mostra de Cinema Infantil. “Como tenho pouco tempo, faço um resumo do que se trabalha no teatro: começamos com alongamento, aquecimento vocal e corporal; jogos de grupo para treinar a concentração e a coletividade; e uma atividade de improvisação”, explica Raquel.
Neste domingo de manhã, participam da oficina 17 alunos. E alguns pais espiaram pelo lado de fora da sala. Enéas e Daiane Farina Ferreira trouxeram a filha Luiza e a amiga dela, Isadora. As duas têm oito anos. “Luiza é tímida, introvertida, e essa ligação com quem ela não conhece é boa. Ela já se soltou”, comentou Enéas. Luiza vai voltar para ver os filmes da programação com seu colégio, a Escola da Ilha.
Durante a atividade de improvisação, as crianças foram divididas em grupos e precisaram criar uma cena. Hoje, escolheram como tema assalto. Alguns interpretavam bandidos, outros a polícia. Raquel deixa os pequenos livres para criarem. Mas também os ensina a trabalhar com generosidade com os colegas: “O teatro é coletivo”, resume.