Vários povos e uma só nação: a diversidade dos indígenas marcaram a programação deste domingo

O segundo dia da 23ª Mostra de Cinema Infantil destacou a diversidade dos indígenas brasileiros. Quem passou pelo evento neste domingo teve a oportunidade de assistir à parte 2 da série de Chico Faganello, Gente Verdadeira e o longa nacional Sete Cores da Amazônia, de Ana Lígia Pimentel.

Ambos os filmes narram as inúmeras vivências, resistências e luta dos povos indígenas no Brasil narradas por crianças indígenas. Para enriquecer ainda mais a experiência, o público também participou do bate-papo com os realizadores do longa Sete Cores da Amazônia.

A autora do livro, Tatiane Garcez (dir.) e a assessora de acessibilidade da Mostra, Ana Roman. (Foto: Carolina Arruda)

“É um filme que traz o tema da morte, o que parece ser difícil de explicar para as crianças, mas ao fim trazemos uma reflexão de amor e de resistência dos povos indígenas. Para ter uma ideia somente na Amazônia são 170 línguas indígenas faladas”, explica Ana Pimentel.

Durante a tarde, o Palquinho da Mostra também foi local para o lançamento do livro Neurodivergente, da escritora e fonoaudióloga Tatiane Moraes Garcez. De acordo com a autora, o livro foi baseado na experiência profissional ao lidar com um público atípico.

“É um livro voltado para crianças e adultos e tem como objetivo apresentar a neurodiversidade, naturalizando-a sob uma nova perspectiva”, destacou Garcez.

Para finalizar o dia, o público ainda curtiu a apresentação Taikô do Grupo Shimadaiko no Palquinho da Mostra.

O cinema como resistência indígena

Ingrid Sateré-Mawé e família prestigiaram uma sessão da Mostra neste domingo. (Foto: Carolina Arruda)

A Mostra teve a honra de receber a presença de diversas etnias para assistir à programação do evento neste domingo. É uma forma de aproximar o cinema do povo originário, além de exaltar os integrantes dos filmes com temática indígena nas sessões.

Entre os presentes, estava a primeira vereadora indígena eleita em Florianópolis, Ingrid Sateré-Mawé, que assistiu ao documentário Gente Verdadeira (parte 2). 

“Foi emocionante ver o cinema indígena. Me trouxe várias lembranças da minha infância e me dá uma alegria de ver o fortalecimento do trabalho da arte junto ao meu povo. Ver isso na Mostra de Cinema é importante para que chegue aos brancos como para as crianças a importância de buscar a verdadeira história do nosso país”, exaltou a vereadora.

A 23ª Mostra vai até dia 19 de outubro, no CIC.

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E para que crianças de todo o Brasil tenham acesso a Mostra, uma seleção de filmes ficará disponível de 12 a 31/10, no Itaú Cultural Play – plataforma de streaming gratuita, dedicada ao cinema brasileiro.

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Publicado em 13 outubro 2024


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